A Guerra dos Espetáculos: direcionando a atenção ao Espetáculo Supremo, a cruz de Cristo
- Prosélita | Vida Cristã
- 23 de out. de 2020
- 4 min de leitura

Desde o coliseu romano em suas lutas de gladiadores até o cinema, assistindo o último lançamento, nós, seres humanos, amamos espetáculos. Em nossa era digital incansavelmente nos vendem a próxima grande experiência. Buscamos por horas, deslizando o dedo nas telas dos Iphones e Smartphones, contemplar os espetáculos dos vizinhos, dos artistas, das nossas paixões. Olhando, consumindo, esperando ver algo que encante os nossos sentidos. Embora possamos encontrar satisfação por um tempo, logo estamos vazios de novo em busca de uma nova experiência, a próxima atração que satisfaça nosso insaciável apetite por espetáculos. Então, onde encontraremos um espetáculo que proporcione um espetáculo duradouro? Que imagens devem alimentar nossos olhos? A Bíblia diz que a satisfação total só pode ser encontrada em um lugar, na cruz de Cristo. Tony Reinke em seu livro “A Guerra dos Espetáculos: o Cristão na era da mídia”, publicado em julho de 2020, diz que “Deus tencionou que todos os olhares humanos estivessem centrados nesse momento climático. É como se Deus dissesse - este é o meu filho amado, crucificado por você. Um espetáculo para capturar o seu coração para sempre” (Ed. FIEL, 2020).
O livro, publicado pela Editora Fiel, se tornou uma leitura desesperadamente necessária numa cultura saturada de mídia e obteve excelentes críticas dos maiores teólogos reformados contemporâneos, como John Piper, Sinclair B. Ferguson e pela escritora Jaquelle Crowe.
Em seu enredo, a Guerra dos Espetáculos retrata uma sociedade de consumo, fazendo-se assim uma teologia da cultura visual com intenção de levar o leitor cristão a meditar sobre o tema, identificar em sua vida a “intoxicação midiática” e impulsioná-lo à prática bíblica. Diante disso, o autor busca responder algumas perguntas como “por que buscamos espetáculos? Que imagens devem alimentar nossos olhos? Qual é o maior espetáculo? A cruz é mesmo um espetáculo?”
Para o seu público, o livro atende todas as expectativas, não só por ser pertinente aos dias atuais, mas também, pelo autor ser respeitado e conhecido através de outros grandes títulos publicados. Sua escrita tem a capacidade de fazer o leitor se questionar, confrontando-o, ao mesmo tempo que é uma linguagem direta e objetivamente embasada. Sua escrita também é fluida, prazerosa e até divertida de se ler, mesmo ao falar de coisas complexas e difíceis. A concepção deste livro não é arrogante; está arraigada na estratégia profundamente bíblica da santificação por meio da visão.
Podemos definir espetáculo como atrações, shows, filmes, séries, jogos de vídeo games, lazeres. Em suma, coisas que nos distraem tomando nossa total atenção, fazendo-nos ficar perplexos. O autor discorre como podemos desfrutar de todas esses espetáculos sem se desviar do maior de todos os espetáculos, a obra de Cristo na cruz. Ele mostra de forma singela a cada palavra, como podemos perceber essa obra de Cristo como o maior espetáculo no qual devemos basear nossas vidas, colocando nele nosso verdadeiro prazer e alegria, mesmo sem excluir completamente o prazer de outros espetáculos. Desde que não ofusquem o espetáculo supremo.
Nesse período de pandemia, que sucedeu, foi interessante observar que as pessoas fizeram espetáculos de suas janelas, de lives no Instagram ou vídeos no Youtube. É notório o quanto o ser humano está entorpecido por espetáculos a ponto de não consegui viver sem esse “vício”. O silêncio e a solitude se tornaram o caos durante o período de isolamento.
Em a Guerra dos Espetáculos, o autor mostra essa realidade em vários aspectos. Alguns dos temas dos capítulos são: definindo espetáculos; imagem é tudo; o espetáculo do ego nas mídias sociais, nos jogos eletrônicos, na TV; a política como espetáculo; o terror como espetáculo; a igreja no mercado da atenção; o maior espetáculos da terra; a cruz é mesmo um espetáculo? dentre outros. O autor tenta discorrer ao leitor o quanto é preciso reaprender a desfrutar, ficar perplexo e apreciar o espetáculo mais importante, a glória de Deus na cruz de Cristo.
Segundo John Piper, fundador do DesiringGod e chanceler no Bethlehem College & Seminary
“o espetáculo da glória de Cristo é a grande fonte de energia da santificação cristã. Espetáculos feios nos enfeiam. Belos espetáculos nos embelezam. Reinke é um bom guia em como desviar-se dos efeitos destrutivos das imagens digitais, antecipando uma visão superior”
Sendo assim, a Guerra dos Espetáculos não só é útil, mas, necessário para qualquer cristão comprometido em seguir Jesus Cristo. Mesmo sendo uma obra cristã, ela também é relevante para a sociedade midiática/digital contemporânea quando explica bem suas nuanças, onde os olhos dos homens nunca se satisfazem. Mas, não apenas isto, aponta para onde deve ser fixado os olhos do coração humano, no maior e supremo espetáculo que existiu e está por vir, a glória de Deus na cruz de Jesus.
Criado por: Ranyella Cássia
15/11/2020, 10h.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
David Lipsky e David Foster Wallace, Although of Course You End Up Becoming Yourself: A Road Trip with David Foster Wallace (New York: Broadway Books, 2010), 82.
FERGUSON, Sinclair. Editorafiel.com.br. Recomendações, 2019.
MEYER, Robinson. The Grim Conclusions of the Largest-Ever Study of Fake News. Theatlantic.com, 8 mar. 2018.
PIPER, John. Twitter.com. 12 abr. 2017.
PLATT, David. Unveiling His Glory. Sermão, radical.net. 16 mar. 2008.
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